Preparem-se para uma dose de informação com um toque de transformação social! Vamos falar sobre um tema que merece ser discutido sem tabu: a pobreza menstrual.

O que é a Pobreza Menstrual?

Antes de tudo, você pode se perguntar: o que é pobreza menstrual? Não é um termo que costumamos ouvir todos os dias, não é mesmo? Mas, na verdade, é um problema muito real que afeta milhares de pessoas que menstruam, principalmente adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.

A pobreza menstrual está relacionada à falta de acesso a produtos de higiene menstrual de qualidade devido a restrições financeiras. Isso significa que, pessoas que menstruam, por não poderem comprar absorventes ou coletores menstruais, muitas pessoas acabam usando métodos alternativos inadequados, o que pode levar a problemas de saúde e até mesmo comprometer a participação em atividades cotidianas, como a frequentar a escola ou o trabalho.

Espro e Inciclo: Uma Parceria Transformadora

O Espro, em parceria com a Inciclo, está fazendo a diferença na vida dos adolescente e jovens no Brasil em uma iniciativa que não apenas promove a conscientização sobre a pobreza menstrual, mas também oferece gratuitamente coletores menstruais.

Desde 2021, o projeto realiza uma trilha de conhecimento exclusiva para adolescentes e jovens do Programa de Aprendizagem do Espro. E os resultados são animadores! Em 2023, quase 8 mil jovens aprendizes do Espro participaram das oficinas sobre Pobreza Menstrual, e mais de 2 mil coletores menstruais foram distribuídos. Mas a ação não para por aí! O objetivo é atingir 15 mil jovens até o final do ano e a distribuição gratuita de mais de 4 mil coletores em todo o Brasil.

O Projeto Novo Ciclo: Transformando Vidas

Em uma pesquisa divulgada em fevereiro de 2022, relativa à primeira temporada do Projeto Novo Ciclo, 40% dos jovens afirmaram que a pobreza menstrual é uma questão de políticas públicas. Além disso, 33% aprenderam que o problema não afeta apenas mulheres cisgênero, mas também homens trans, pessoas não binárias e pessoas intersexuais. O estudo também apontou que  42% deles relataram já ter utilizado um absorvente por mais tempo que o indicado, e 32% disseram já ter vivenciado problemas financeiros para adquirir um protetor íntimo. A falta de um absorvente já fez com que 32% deixassem de ir a alguma festa ou encontro, 20% perdessem um dia de aula e 11% faltassem ao trabalho.

A Realidade Assustadora

Vale a pena mencionar que, de acordo com um estudo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mais de 4 milhões de meninas no Brasil não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.