40% dos participantes da Oficina do Espro e da Inciclo entendem que a pobreza menstrual é questão de políticas públicas;
33% afirmam ter aprendido que o tema não impacta somente mulheres cisgênero.

 

Não são apenas as mulheres cisgênero que menstruam. Os homens trans, as pessoas não binárias e as pessoas intersexo também. Essa foi uma descoberta para 33% dos quase 6 mil adolescentes e jovens, com idades entre 15 e 23 anos, que participaram e responderam à pesquisa da 1ª Oficina Quebrando Tabus – ação iniciada em 2021 numa parceria entre o Espro (Ensino Social Profissionalizante) e a Inciclo, empresa pioneira na fabricação e venda de coletores menstruais no Brasil. 

Quatro em cada dez participantes do curso prático disseram ter chegado à conclusão de que a pobreza menstrual, ou seja, a falta de recursos e informações para a manutenção da higiene adequada durante a menstruação, deve ser tema abordado de forma coletiva e amparado por políticas públicas. E 18% dos jovens relataram ter compreendido que existem outros produtos, além dos absorventes descartáveis, para a higiene íntima.

“Ainda existe muita desinformação sobre menstruação e sexualidade, temas cercados historicamente por conotações negativas e constrangedoras, além do preconceito. Mas as novas gerações estão mais dispostas a debater estigmas e a procurar esclarecimento. É nossa responsabilidade oferecer conteúdo fundamentado e relevante sobre o tema”, afirma Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro.

Responsável por desenvolver o conteúdo específico do projeto, a CEO e fundadora da Inciclo, Mariana Betioli, enxerga na educação uma chave importante para combater a falta de dignidade menstrual. “A menstruação sempre foi um tema pouco falado, por isso também as necessidades das pessoas que menstruam nunca foram priorizadas. Acredito que é através da educação e da conscientização que podemos dar a atenção necessária para essa questão da higiene íntima e mobilizar ações para trazer dignidade menstrual e saúde para todos”, reflete.

Gênero e sexualidade

Para 91% dos jovens que responderam à pesquisa, identidade de gênero é a maneira com que alguém se sente e se identifica em relação ao gênero e não está relacionada com a orientação sexual ou com o sexo biológico da pessoa. E 92% consideram a orientação sexual como o desejo afetivo, emocional e sexual de uma pessoa, que pode se manifestar por pessoas de gêneros diferentes (hétero), gêneros iguais (homo), por ambos (bi), mas também o desejo pode não existir, caracterizando o indivíduo como assexual.

O curso e a pesquisa

A Oficina Quebrando Tabus faz parte do Projeto Novo Ciclo, uma parceria entre o Espro e a Inciclo para difundir no Brasil o conceito de dignidade menstrual. Quase 11 mil jovens participaram da primeira edição da oficina.

Desenvolvida para atender jovens aprendizes de todo o país, a maioria em situação de vulnerabilidade social, a capacitação gratuita conta ainda com lives, podcasts e uma websérie publicada nas redes sociais e no YouTube. Em 2022, impactaremos mais 15 mil jovens.

A pesquisa da primeira edição da Oficina Quebrando Tabus foi realizada entre outubro e dezembro de 2021, por meio de questionário online. No total, 5.846 adolescentes e jovens participantes da Oficina completaram a pesquisa, que tem índice de confiabilidade de 99% e margem de erro de 2%.

Nove em cada dez jovens participantes da pesquisa afirmaram que a Oficina foi útil para o dia a dia; 85% perceberam uma aplicação imediata das orientações e informações abordadas; e 82% disseram se sentir mais confortáveis para falar sobre menstruação com amigos e familiares.

Sobre o Espro

Há mais de 40 anos o Espro (Ensino Social Profissionalizante) se dedica a formar talentos e tem uma história focada na transformação social. Durante esse período foram mais de 340 mil encaminhamentos e 852 mil atendimentos sociais, desempenhando um papel estratégico na formação de adolescentes e jovens em busca do primeiro emprego e, sobretudo, no desenvolvimento de cidadãos conscientes e protagonistas para a construção de uma sociedade mais inclusiva.

A instituição está presente em todo o território nacional, com filiais e polos em 16 estados, alcança 2.202 municípios e capacita anualmente mais de 20 mil jovens, em situação de vulnerabilidade, por meio dos Programas Jovem Aprendiz e Formação para o Mundo do Trabalho.

Além disso, o Espro oferece diversos projetos e ações sociais que alcançam também as famílias e comunidades dos aprendizes. Os jovens podem se inscrever pelo site do Espro.

Sobre a Inciclo

A Inciclo é uma empresa pioneira no mercado brasileiro de venda e fabricação de coletores menstruais. Com 11 anos de atuação, a empresa se dedica a trazer para as mulheres não só produtos para que elas tenham mais liberdade para fazerem o que quiser no dia a dia, mas também muita informação para quebrar tabus relacionados a assuntos femininos que deveriam ser tratados com mais naturalidade, como a menstruação, autoconhecimento, saúde íntima e sexualidade.

Mariana Betioli, fundadora da marca, afirma que o propósito da Inciclo continua o mesmo desde sua criação: incentivar que as mulheres façam as pazes com o próprio corpo e seus ciclos menstruais. Atualmente, o portfólio da empresa inclui produtos como Coletor Menstrual, Lovin Disco Menstrual, Calcinhas Absorventes, Absorvente Reutilizável, Linha Maternidade e Linha Intera (Incontinência Urinária). Mais detalhes no site da Inciclo


Informações para a imprensa – Espro

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Telefone: (11) 3030-9436


Informações para a imprensa – Inciclo

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