A 4ª edição da nossa Pesquisa Diversidade Jovem 2025, realizada pelo Espro em parceria com a consultoria Diverse Soluções traz informações importantes. Este estudo é fundamental para mapear as percepções e os desafios das novas gerações em relação às suas vivências de individualidade.

A Pesquisa Diversidade Jovem ouviu 3.203 adolescentes e jovens em todo o Brasil, com idades entre 14 e 24 anos. Desses, 52% se autodeclararam negros (pretos ou pardos). Um dado que merece atenção é que o local onde os jovens negros mais encontram situações de preconceito é a escola ou faculdade, com 79% dos entrevistados relatando já ter sentido ou presenciado atitudes discriminatórias nesses ambientes. Para 37% deles, esses episódios são frequentes.

Além disso, os serviços em geral, como transporte público, consultórios médicos e lojas, também são citados por 74% dos jovens negros como locais onde sentem preconceito em suas rotinas. Desse modo, percebemos que a luta por um ambiente verdadeiramente inclusivo ainda é um desafio presente em muitos espaços da sociedade.

A Perspectiva das Jovens Mulheres Negras

É crucial notar que esses desafios se intensificam quando olhamos para as jovens mulheres negras.

A Pesquisa Diversidade Jovem mostrou que, numa filtragem por gênero, os índices de preconceito são ainda maiores. A amostra de jovens mulheres negras na pesquisa foi de 1.081 participantes.

Veja como a percepção de preconceito é mais alta para elas em quase todos os espaços:

  • Na escola ou faculdade: 81% das jovens mulheres negras já sentiram ou presenciaram situações de preconceito, um índice maior que o de jovens negros em geral (79%).
  • Em serviços (como transporte público e lojas): 77% relatam preconceito, também superior ao índice de jovens negros em geral (74%).
  • No ambiente familiar: o índice sobe para 66% entre as jovens mulheres negras, sendo 5 pontos percentuais a mais que o índice geral (61%).
  • Em espaços religiosos: 60% delas relatam casos de intolerância.

Portanto, a pesquisa indica que as jovens mulheres negras enfrentam uma dupla barreira, evidenciando a necessidade de ações mais direcionadas para combater as múltiplas formas de discriminação.

O Ambiente Profissional como Refúgio de Acolhimento

Apesar dos desafios, a Pesquisa Diversidade Jovem revelou um ambiente que se destaca positivamente: o trabalho.

Para os jovens negros em geral, o ambiente de trabalho é, de longe, o local mais acolhedor. A percepção de situações discriminatórias é de apenas 34%. Então, é notável que 62% dos jovens negros que participaram da pesquisa afirmaram nunca terem presenciado episódios de preconceito em suas atividades profissionais.

Este resultado reforça o papel social do Espro. Nosso foco é inserir adolescentes e jovens em vulnerabilidade social no mundo do trabalho, oferecendo uma jornada gratuita de socioaprendizagem. É o nosso diferencial: auxiliar na capacitação e no acesso à primeira oportunidade, contribuindo para que o ambiente de trabalho seja mais inclusivo, conforme indica a Pesquisa Diversidade Jovem. Por isso,