A imagem apresenta uma mulher de cabelos cacheados, vestindo um vestido colorido e olhando para a câmera. Ela parece ser o foco principal da imagem. Ao fundo, há várias outras pessoas, algumas das quais também estão olhando para a câmera. A cena parece ser uma reunião.

Seis em cada dez jovens que participaram em 2022 dos programas de socioaprendizagem do Espro com idades entre 18 e 24 anos, estão trabalhando e estudando após terem terminado suas jornadas de capacitação. O índice é três vezes maior do que a média nacional, de 18%, apontada pelo mais novo relatório Education at a Glance (“Visão Geral da Educação”, em tradução livre), publicado em setembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Esse e outros achados foram constatados na quinta edição da Pesquisa Empregabilidade do Espro, associação filantrópica especializada na inserção de adolescentes e jovens em vulnerabilidade no mundo do trabalho.

O estudo também aponta que 77% dos jovens com idade entre 14 e 24 seguem empregados após terem finalizado o programa de aprendizagem da entidade. Desse total, sete em cada dez estão empregados com carteira assinada e 31% foram efetivados na mesma empresa em que atuaram como aprendizes.

Segundo o relatório da OCDE, 24,4% dos jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos estão sem acesso aos estudos e sem acesso ao trabalho, os chamados “sem-sem”. Entre os jovens que já foram aprendizes do Espro, apenas 8% estão nessa condição. Os percentuais de jovens brasileiros que só estudam ou que só trabalham são respectivamente de 5% e de 39%, de acordo com a OCDE. Entre os jovens que já participaram de programas de aprendizagem do Espro, os índices ficam em 16% e 20%.

A qualidade na capacitação profissional e o elevado índice de estudo e empregabilidade dos egressos colocam o Espro no mesmo patamar de nações como Suécia e Noruega, comumente utilizados como referência mundial nos quesitos educação e emprego, conforme dados apresentados no novo relatório da OCDE.

“O Espro conseguiu melhorar os índices em relação ao período anterior à pandemia. Em 2019, 45% dos jovens que concluíram o programa de aprendizagem da entidade estavam trabalhando e estudando e 15% estavam sem acesso ao trabalho e sem acesso à educação. Isso mostra como a Lei da Aprendizagem, quando aplicada de maneira cuidadosa e estruturada, é uma política pública eficaz no combate às desigualdades sociais e capacitação profissional dos jovens. Em nossa entidade, a construção do conteúdo e o esforço para transformação dos jovens são atividades contínuas.”, destaca Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro.

A Pesquisa de Empregabilidade 2023 do Espro foi realizada no mês de agosto último. Participaram 2.336 ex-aprendizes da entidade com média de idade de 21 anos. A margem de erro é de 2,5% e o índice de confiabilidade, 99%.

Recolocação

Dentre os jovens que não estão empregados, 93% estão em busca de recolocação no mercado. Eles foram questionados sobre os motivos da sua atual desocupação. Para 55%, mesmo enviando currículos, não são convocados para entrevistas; 38% relatam ter dificuldade de encontrar oportunidades de emprego; não possuir a experiência exigida pelos recrutadores afeta 28% dos jovens; 19% afirmam que há pessoas mais qualificadas que eles no mercado de trabalho; 16% dizem que o horário de estudo conflita com o de trabalho; e 11% disseram que as vagas estão distantes de suas residências.

Estudos

O total de jovens que não está estudando após finalizar o período como jovem aprendiz é de 27%. Entre estes, a maioria (72%) já concluiu o ensino médio e 41% afirmam não ter dinheiro para iniciar uma faculdade neste momento. Enquanto isso, 27% estão pesquisando o curso ou área de atuação em que desejam atuar e 19% ainda estão indecisos sobre qual área ou curso escolher. Para 16%, o trabalho consome muitas horas do seu dia, dificultando a disponibilidade para estudar, e 13% querem dar um tempo nos estudos pois acabaram de se formar.