Na imagem mediadores e palestrante convidados sentados em poltronas. Da direita para esquerda: Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, Luanna Luna, head de Educação do iFood; Lilian Green Harari, gerente sênior de Desenvolvimento de Talentos do Mercado Livre no Brasil,  Carolina Utimura, CEO da Eureca e João Alegria, secretário geral da Fundação Roberto Marinho
Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, e João Alegria, secretário geral da Fundação Roberto Marinho, mediaram um painel com a participação das líderes Carolina Utimura, CEO da Eureca; Luanna Luna, head de Educação do iFood; e Lilian Green Harari, gerente sênior de Desenvolvimento de Talentos do Mercado Livre no Brasil

O Espro em parceria com a Fundação Roberto Marinho realizou, em 16 de fevereiro, na ESPM TECH a primeira edição de 2023 do Fórum de Aprendizagem Profissional. O evento, fomentou um importante debate entre a iniciativa privada e as instituições de aprendizagem profissional sobre ESG, Aprendizagem e Inclusão de jovens no mundo do trabalho.

Sob a temática “Programa de Aprendizagem como ferramenta para incrementar as estratégias ESG das empresas”, o evento realizado no formato híbrido colocou em pauta a inclusão produtiva da juventude com apresentação de dados e resultados de estudos recentes sobre socioaprendizagem, tanto do ponto de vista das empresas quanto dos jovens aprendizes. Entre as pesquisas apresentadas estavam: Inclusão Produtiva de Jovens com ensino médio e técnico: Experiências de quem contrata (FRM); Avaliação de Impacto do Programa Aprendiz Legal (FRM); Insights sobre o jovem aprendiz (Espro).

Na segunda parte do evento, Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, e João Alegria, secretário geral da Fundação Roberto Marinho, mediaram um painel com a participação das líderes Carolina Utimura, CEO da Eureca; Luanna Luna, head de Educação do iFood; e Lilian Green Harari, gerente sênior de Desenvolvimento de Talentos do Mercado Livre no Brasil. O debate destacou como a socioaprendizagem está ligada às políticas de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), impactando direta ou indiretamente cinco dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU: trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, educação de qualidade, saúde e bem-estar e erradicação da pobreza.

Pesquisas e estudos do setor
A pesquisa Inclusão Produtiva de Jovens com ensino médio e técnico: experiências de quem contrata, da Fundação Roberto Marinho (FRM), mostra que a qualificação é o principal fator para a contratação de jovens aprendizes para 66% das empresas. As características mais valorizadas, para 72% delas, na hora da contratação, são as relacionadas aos aspectos comportamentais, como ter comprometimento e boa desenvoltura, habilidades desenvolvidas pelas entidades formadoras de socioaprendizagem.

Ainda segundo o estudo, 64% das empresas oferecem a possibilidade de qualificação aos jovens. Porém, desse universo, somente 3% dão treinamento de competências comportamentais, ponto importante para a atuação no mercado de trabalho e mais ainda para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Já no levantamento do Espro (Ensino Social Profissionalizante), a pesquisa Satisfação Jovem 2022 revela que 94% dos jovens consideram o programa de aprendizagem importante para a capacitação para o primeiro emprego e 89% concordam que o programa ajuda no desenvolvimento de habilidades para atender às demandas das empresas. Aliado a isso, 85% dos jovens afirmam que a aprendizagem transformou suas vidas e 94% acreditam que não só o desenvolvimento profissional como o pessoal também aconteceu durante o programa.

Além disso, de acordo com a Pesquisa de Empregabilidade do Espro de 2022, 58% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos, um ano após passarem pelo programa de aprendizagem, continuavam empregados. Antes da pandemia, nosso número era de 64%, maior que a média nacional (dados da PNAD contínua de 2020) em 12 pontos percentuais. Mesmo com a pandemia, a porcentagem de jovens ocupados, de acordo com o estudo do Espro, ficou em um patamar próximo: 59% em 2021.