Ilustração da campanha Novembro Negro do Espro, com traços coloridos representando rostos de pessoas negras e elementos gráficos nas cores vermelho, amarelo e branco sobre fundo preto

O Novembro Negro é um convite para refletirmos sobre o combate ao racismo e o fortalecimento da identidade negra no Brasil. No Espro, a campanha vai muito além do mês de novembro, ela reforça o compromisso contínuo com a inclusão social, a diversidade e a transformação de vidas por meio da educação e da oportunidade.

O que é o Novembro Negro

O Novembro Negro é um movimento nacional que busca ampliar o debate sobre igualdade racial, celebrando a cultura afro-brasileira e promovendo ações de conscientização antirracista. A data mais simbólica do mês é 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, que homenageia Zumbi dos Palmares e toda a luta do povo negro pela liberdade e dignidade.
A campanha incentiva instituições, escolas, empresas e a sociedade a refletirem sobre o papel de cada um na construção de uma sociedade sem racismo.

O que é o racismo estrutural

O racismo estrutural é o tipo de racismo que está presente nas estruturas da sociedade, nas leis, nas instituições, nas oportunidades e até nas representações que vemos na mídia. Ele não depende de atitudes individuais, mas de sistemas que, historicamente, favorecem pessoas brancas e dificultam o acesso da população negra a direitos básicos, como educação, emprego e justiça.

Entender o racismo estrutural é o primeiro passo para combatê-lo. No Espro, esse entendimento guia todas as ações da campanha Novembro Negro, que une formação, diálogo e representatividade.

Como o Espro trabalha o Novembro Negro

O Espro acredita que o combate ao racismo precisa ser uma ação constante. Por isso, durante todo o ano promove iniciativas que fortalecem a inclusão social e capacitam jovens para o mercado de trabalho, com olhar especial para as ações afirmativas e a diversidade racial.

Durante o Novembro Negro, o Espro atua com diferentes públicos:

Jovens aprendizes

Nas salas de treinamento, as equipes de Desenvolvimento Sociale convidados conduzem atividades de acordo com o nível de maturidade de cada turma, rodas de conversa, palestras, espetáculos e exposições.
Esses momentos ajudam os jovens a compreenderem seu papel na sociedade, a importância da identidade e a necessidade de ocupar espaços de forma protagonista.

Colaboradores do Espro

Para o público interno, o grupo de diálogo organiza ações e bate-papos sobre o tema. O objetivo é estimular a reflexão e o engajamento dos colaboradores na construção de um ambiente de trabalho mais diverso, acolhedor e antirracista.

Público externo e redes sociais

Nas redes sociais, o Espro compartilha conteúdos educativos sobre representatividade, equidade racial e valorização da cultura negra, ampliando a conversa para toda a comunidade e reforçando o compromisso com a transformação social.

Como combater o racismo estrutural

O combate ao racismo estrutural exige educação e ação. Abaixo, algumas atitudes práticas que o Espro acredita e incentiva:

Educação e diálogo contínuo: criar espaços para refletir, aprender e reconhecer privilégios.
Ações afirmativas: abrir oportunidades para grupos historicamente excluídos.
Revisão de práticas institucionais: repensar processos de seleção, promoção e liderança.
Representatividade: valorizar pessoas negras em posições de decisão e comunicação.
Combate aos vieses inconscientes: identificar microagressões e mudar comportamentos.
Engajamento coletivo: agir de forma integrada, indivíduos, instituições e sociedade.

Dicas de filmes, séries e livros para entender e combater o racismo

O caminho para uma sociedade antirracista também passa pela educação, cultura e arte. Filmes, séries e livros são pontes que ajudam a entender realidades, reconhecer histórias e ampliar perspectivas.
Veja algumas dicas de leitura que separamos para você:

Pequeno Manual Antirracista (Djamila Ribeiro)
Um guia direto e essencial para entender o racismo no cotidiano e aprender atitudes antirracistas.

O Pacto da Branquitude (Cida Bento)
Explica como o “pacto” entre pessoas brancas mantém privilégios e invisibiliza o racismo na sociedade.

Mulheres, Raça e Classe (Angela Davis)
Analisa como gênero, raça e classe se cruzam nas estruturas de opressão. Um clássico indispensável.

O Avesso da Pele (Jeferson Tenório)
Vencedor do Prêmio Jabuti, o livro narra a história de Pedro, um jovem que revisita o passado do pai, um professor negro morto pela polícia. Uma história sobre dor, amor e resistência, escrita com muita sensibilidade.

Quarto de Despejo (Carolina Maria de Jesus)
Um clássico atemporal escrito por uma mulher negra, moradora de favela, que registrou sua realidade em um diário emocionante. Um retrato potente da exclusão e da dignidade.
Assista alguns filmes e séries para aprender mais:

Pantera Negra (Marvel Studios)
Mais que um filme de super-herói, é uma celebração da cultura africana e um símbolo global de representatividade negra.

Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo (Netflix)
Documentário que mostra a trajetória do grupo Racionais MC’s e sua influência na música, na periferia e na consciência racial no Brasil.

Olhos que Condenam (When They See Us – Netflix)
Baseada em fatos reais, a minissérie retrata o caso dos Cinco do Central Park, adolescentes negros e latinos injustamente acusados de um crime em Nova York. Criada por Ava DuVernay, expõe com sensibilidade e força como o racismo estrutural e o sistema penal podem destruir vidas e famílias. Intensa, comovente e essencial para entender o impacto do preconceito institucional.

A Mulher Rei (The Woman King)
Inspirado em fatos reais, o filme conta a história das Agojie, guerreiras que defenderam o reino de Daomé, na África, durante o século XIX. Lideradas por Nanisca (Viola Davis), elas lutam contra invasores e contra o próprio sistema de escravidão. Uma produção grandiosa sobre coragem, ancestralidade e a força das mulheres negras.

Cara Gente Branca (Dear White People – Netflix)
Série que acompanha jovens negros em uma universidade americana majoritariamente branca. Mistura humor e crítica social para discutir racismo velado, representatividade e identidade.

Denuncie atitudes antirracistas com segurança

O Espro reforça que qualquer conduta racista ou atitude antirracista pode ser registrada e denunciada de forma segura e confidencial, garantindo que todas as situações sejam analisadas com sigilo e imparcialidade.

Você pode acessar o canal Espro Ético onde terá todas as informações sobre como prestar a sua denúncia. Para acessar o canal Espro Ético clique aqui

Assim, o Espro reafirma seu propósito de educar, transformar e incluir adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social no mundo do trabalho, sempre com ética, responsabilidade e respeito à diversidade.