Você sabia que no ano de 2021, o Brasil recebeu 29.107 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado?

Esse é o dado apresentado pelo Ministério da Justiça no relatório “Refúgio em Números”.

O Brasil é um dos países com muitas culturas e sotaques. E isso é tão gostoso, não é mesmo?!

Mas todas essas pessoas enfrentam também muitas dificuldades por aqui, por isso, com objetivo de combater as desigualdades vivenciadas por jovens e adolescentes, nos associamos ao Pacto Global da ONU e iniciamos em setembro a primeira turma de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT) para Migrantes e Refugiados.

Em novembro, os 30 jovens que participaram do projeto em Porto Alegre se formaram e a celebração desse momento foi pra lá de especial e marcante para o nosso Superintendente, Alessandro Saade, Gerente de Educação, Rodrigo Oliveira, Supervisor de Educação em Porto Alegre, Matheus Levandowski, a instrutora Karla Conceição que acompanhou a turma, o Coordenador da SJMR, Elias Pereira Gertrudes e os responsáveis e jovens presentes. Após a abertura da cerimônia, foram tocados os hinos do Brasil, Cuba, Haiti e Venezuela, os três últimos países citados são de origem dos nossos formandos. Os canudos e certificados de conclusão foram entregues pelos profissionais presentes e claro, não faltaram muitas fotos e vídeo retrospectiva dessa vivência.

O Superintendente do Espro, Alessandro Saade, reforçou em sua fala para os jovens e suas famílias que imigrar é um ato de coragem, contou sobre sua família ter imigrado do Líbano e agradeceu pela confiança “E num país estranho confiar seus filhos, netos e sobrinhos a uma entidade desconhecida é uma grande responsabilidade. E agradecemos a confiança.

Nesse processo a inclusão foi um pilar e pôde contar com a parceria e colaboração da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), da SJMR (Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados) e do CIBAI Migrações. As aulas foram ministradas em português e espanhol para que todos pudessem ter 100% de aproveitamento do conteúdo trabalhado, como: direitos sociais, trabalhistas, do migrante e do refugiado no Brasil, comportamentos e atitudes esperados no ambiente de trabalho brasileiro, comunicação oral e escrita na Língua Portuguesa, informática básica (Pacote Office, E-mail, Agenda, Drive), entre outros.

O Gerente de Educação, Rodrigo Oliveira, parabenizou os jovens e reforçou o estímulo ao protagonismo trabalhado durante o curso, “Quero deixar a vocês meus parabéns e lembrá-los que este momento, com todos reunidos, não é o fim. Isso é só o começo de uma jornada que você tem a responsabilidade de desenhar o melhor caminho ao sucesso.”

Para a jovem Wilary Requena, 18, a experiência foi impactante e de desenvolvimento, “Minha experiência foi muita linda, aprendi coisas que não passavam pela minha mente.  O importante foi  que construímos lindos valores aprendendo  coisas novas, como trabalhar em equipe  e incluindo valores educacionais, profissionalizando pessoas como nós. O mais importante é ter uma boa lembrança de tudo o aprendido durante o tempo que estivemos no Espro. Obrigado”

A expectativa agora é que os jovens ingressem na próxima etapa realizando seus cadastros na TAQE, plataforma em que são disponibilizadas as vagas para socioaprendizagem do Espro e parceiras que possam participar de processos seletivos.