O Espro lançou um novo episódio do Esprocast, o podcast do Espro trazendo a pesquisa que dá voz aos dados e conecta informação com histórias reais. Neste conversa, o tema é a Pesquisa anual do Espro sobre diversidade, realizada em parceria com a Diverse, e que trouxe achados importantes sobre como os jovens vivenciam a diversidade nos espaços que frequentam.

O bate-papo neste novo episódio do Esprocast contou com Maria Elisa Muntaner, coordenadora de Insights de Mercado do Espro, e Beatriz Santa Rita, CEO da Diverse e especialista em diversidade e inclusão com mais de 20 anos de experiência na área.

A Diverse é a parceria do Espro não só na pesquisa de Diversidade, mas também em outros projetos da instituição como o Grupo de Diálogos, programas de desenvolvimento de lideranças e no planejamento da estratégia de diversidade e inclusão.

Ao todo, 3.257 participantes, entre aprendizes, estagiários e participantes do curso Formação para o Mundo do Trabalho (FMT), compartilharam como se identificam e como percebem a diversidade na sociedade. Entre os respondentes, 10% se identificam como homens cis, heterossexuais e brancos; 66% são mulheres (cis e trans); 53% se declaram pessoas negras; e 33% pertencem à comunidade LGBT+.

Uma lente chamada interseccionalidade

Um dos grandes diferenciais desta edição da pesquisa foi a abordagem interseccional, ou seja, a análise dos dados considerando múltiplos marcadores sociais, como raça, gênero e orientação afetivo-sexual. Os grupos observados incluíram jovens cis, héteros e brancos, jovens negros (pretos e pardos) e jovens LGBT.

No Esprocast, segundo Beatriz, essa perspectiva é indispensável:

“Os jovens não são todos iguais. A realidade de um jovem negro é diferente da de um jovem LGBT, que é diferente da de uma jovem mulher. Considerar essas particularidades é essencial para pensar estratégias que promovam pertencimento no mercado de trabalho e na sociedade.”


Preconceito ainda é realidade

Os dados levantados impressionam: 6 em cada 10 jovens afirmam já ter vivido alguma situação de preconceito, seja em casa, na escola, no transporte ou em outros serviços. Quando filtrados pela interseccionalidade, os números são ainda mais alarmantes:

Quase 90% dos jovens LGBT já passaram por preconceito, especialmente na escola e na faculdade.

  • 80% das mulheres e jovens negros também relataram experiências de discriminação.

A escola, que deveria ser um espaço de aprendizado sobre respeito e cidadania, aparece como um dos principais ambientes de ocorrência.

Para Beatriz isso está ligado a padrões que ainda persistem em nossa sociedade:

“O ponto de partida é que ainda vivemos em um país que reproduz preconceitos antigos, enraizados na nossa história. Mudar essa realidade exige educação e compromisso coletivo.”


Por que ouvir este episódio

O episódio do Esprocast não apenas apresenta os números, mas também traz reflexões e caminhos para transformar dados em ação. Além disso, a conversa mostra como os dados podem orientar empresas, instituições de ensino e a sociedade na construção de espaços mais inclusivos.

🎧 Quer saber mais? Ouça o episódio completo no Esprocast e mergulhe nos dados que ajudam a entender e transformar a realidade dos jovens no Brasil.