No dia 12 de fevereiro, três adolescentes do programa Ser e Conviver e sua instrutora Cristiane Canella participaram, na Estação Cultura, da reunião do Fita Tela de formação e preparação para as ações da mobilização do 18 de maio, coordenadas pela Comissão de Combate à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes do CMDCA de Campinas. Profissionais e adolescentes de outras instituições do Terceiro Setor do município estiveram presentes também.

As oficinas foram mediadas pelas profissionais à frente do projeto Novo Amanhecer do CPTI e os temas abordados foram: Abuso Extra Familiar; Abuso Intra-Familiar; Abuso Sem Contato Físico: Assédio, Voyerismo, Moral, Exibicionnismo, Pornografia; Abuso Sexual Com Contato Físico: Carícias, Estímulos, Estupro; Exploração Sexual; Tráfico de Pessoas, Sequestro, Manipulação, Aliciamento e Prostituição.

Com os profissionais, a metodologia de trabalho foi a o diálogo a partir de imagens a respeito de violências diversas, principalmente a violência sexual no contexto de recorte de classes e da dinâmica e estrutura social. Também foi falado a respeito do fluxo de encaminhamentos no município de Campinas em caso de abuso, quando a vítima for:

  • Garotas antes da primeira menstruação: conselho tutelar e hospital infantil Mário Gatti;
  • Garotas após a primeira menstruação: CAISM;
  • Garotos antes dos 16 antos: conselho tutelar e hospital infantil Mário Gatti;
  • Garotos após 16 anos: Hospital Mário Gatti.

Em sala de treinamento os jovens participantes puderam multiplicar os novos conhecimentos com o restante da turma, com mediação da instrutora. A jovem Camila, 16, comentou: "fiquei muito grata pela participação. Gostei muito de fazer essa atividade e ir até a Estação Cultura que eu não conhecia".

A participação nessas ações são de extrema importância, não só pelo conteúdo de combate à violência, prevenção e denúncia, mas também para que os jovens tenham a oportunidade de estabelecer contato com pessoas de vários locais da cidade, se fazer presente em diversas partes do município, apropriando-se do mesmo como cidadãos, refletir à respeito de políticas públicas para a juventude, enfim, vivenciar experiências essências para sua formação e emancipação.